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ESCOLA ESTADUAL MÁRIO SPINELLI

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais um anjinho entre nós...

Depois de tanta espera, Julia Luísa, filha da professora Sabrina, nasceu!

Nasceu dia 03/03/2012, as 00:03 no Hospital Regional de Sorriso -HRS, aos cuidados do Ginecologista Rudimar Menegotto e Rosemary. 

Julia, nasceu com 2,515 gramas, medindo 46 cm, com 40 semanas de gestação.




segunda-feira, 19 de março de 2012

NIVER LEANDRO E EVANDNIL

Quem estava de niver no último dia 18/03 e 19/03, respectivamente, foram os funcionários Leandro e Evandnil. Parabéns pela passagem destas datas e muitas felicidades !!!!!!!!!!!!
Obs. Em relação aos 18 anos, a Prof. Neide responsável pela aquisição do bolo, quase acertou a idade, errou por pouco.





sexta-feira, 16 de março de 2012

ESCLARECIMENTO

A rifa de Páscoa com sorteios de três cestas recheadas de chocolates é a primeira promoção deste ano de 2012, realizada pelos alunos dos terceiros anos da Escola Estadual Mário Spinelli com o objetivo único e exclusivamente de arrecadar fundos para a formatura dos mesmos,  que será em dezembro do corrente ano.
Durante este ano, os alunos realizarão várias outras promoções com o mesmo objetivo, juntamente com a comissão de formatura e autorizados pela CDCE (Conselho Deliberativo e Comunidade Escolar) da Escola. Os valores arrecadados com estas promoções serão gastos com despesas da formatura e não serão utilizados para outros fins.
A Direção da Escola juntamente com a equipe escolar sempre incentiva os alunos a participar do evento da formatura, visando a confraternização neste momento único e para que isto aconteça  é imprescindível a colaboração dos alunos e da comunidade escolar, por outro lado a Escola nunca obrigou e não obrigará os alunos a comprar ou vender, a participação sempre foi e sempre será voluntária.
Por fim, não há em hipótese nenhuma venda de notas ou pontos pelos professores desta unidade escolar.
Equipe Mário Spinelli.

quinta-feira, 8 de março de 2012

HOMENAGEM NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

AS PROFESSORAS E FUNCIONÁRIAS DA E.E. MARIO SPINELLI FORAM HOMENAGEADAS NO DIA DIA INTERNACIONAL DA MULHER. ALÉM DE FLORES, FORAM AGRACIADAS COM BELAS POESIAS E O MELHOR..... MÚSICA AO VIVO.
CONFIRA AS FOTOS DO PERIODO DA MANHÃ:











MAIS HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER....

NO PERIODO VESPERTINO...... AS HOMENAGENS CONTINUARAM, CONFIRA AS FOTOS:







MAIS E MAIS HOMENAGENS.....

NO PERIODO NOTURNO NÃO FOI DIFERENTE, CONFIRA AS FOTOS:










sexta-feira, 2 de março de 2012

Dialogando com as artes - Discurso Citado

"O Grito" (1893), de Edvard Munch (1863-1944, pintor expressionista de transição do século XIX.





"O Grito", de Caulos, artista plástico brasileiro da atualidade.








     O quadro de Edvard Munch foi pintado no final do século XIX. Observe o espaço retratado, as cores utilizadas e a personagem que está em primeiro plano. A personagem central tapa os ouvidos com as mãos e tem olhos e boca bem abertos. A impressão que a personagem passa é de dor, sofrimento, angústia, desespero.
     O quadro de Caulos, pintado um século depois do de Munch faz uma "releitura" do quadro de munch, isto é, cita em seu quadro a tela de Munch, como por exemplo a figura humana que tapa os ouvidos, porém, incorpora um novo elemento que é uma mulher gorda, gritando e pendurada por um cabo de aço.
As duas imagens tem em comum a boca aberta, como se estivesssem gritando.
     O cabo de aço no qual está pendurada a mulher gorda sugere que a personagem não tem liberdade ou vida própria. Ela é controlada por outra pessoa, como se fosse uma marionete.
     A figura humana representada no quadro de Munch, ao ser deslocada do seu contexto e transposta para a tela de caulos compõe um outro todo significativo.
     O significado do grito no quadro de Caulos pode estar relacionado com a situação da mulher. É como se o grito revelasse a angústia de viver nos dias de hoje, uma época em que as pessoas, como marionetes, são manipuladas pelos meios de comunicação, pelo consumismo, pelos governantes, etc.
     Caulos, quando pintou "O Grito", não pretendia imitar o quadro de Munch, mas dialogar com ele. Por isso citou-o claramente, trazendo para dentro de seu quadro a figura humana representada no quadro de Munch.

Fonte: Português Linguagens - William R. Cereja e Thereza C. Magalhães.

Matéria prof. Neide.

Carta à Sra. Presidenta da República


O negócio é repassar esse e-mail à 110.000.000 de eleitores
  Duvido que a coisa não mude!!!! 
 
Excelentíssimo  Sr. Presidente da República Federativa do  Brasil.
Manifesto meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país.
Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária , percebi que posso definitivamente contribuir mais.
 

Vou explicar: 
Na atual legislação, pago na fonte 27,5% do meu salário...
Como pode ver, sou um brasileiro afortunado. Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral.
Mesmo juntando ao valor pago por dezenas de milhões de assalariados!
 
Minha sugestão é invertermos os percentuais:
A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 72,5% do meu
salário...
Portanto, eu receberia mensalmente apenas 27,5% do resultado do meu
Trabalho mensal.
 
Funcionaria assim: Eu fico com 27,5% limpinhos, sem qualquer ônus...

O Governo fica com 72,5% e leva as contas de: 
-Escola; 
-Convênio médico ; 
-Despesas com dentista; 
-Remédios; 
-Materiais escolares ; 
-Condomínio; 
-Água;
-Luz ; 
-Telefone; 
-Energia; 
-Supermercado ; 
-Gasolina;
-Transporte Escolar ou Coletivo, como preferir 
-Vestuário; 
-Lazer ; 
-Pedágios; 
-Cultura; 
-CPMF; 
-IPVA; 
-IPTU; 
-ISS; 
-ICMS;
-IPI; 
-PIS; 
-COFINS ; 
-Segurança;
-Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja
repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Um abraço Sra. Presidenta e muito boa sorte,
           do fundo do meu coração! 

 
 Ass.: Uma trabalhadora que já não mais sabe o que 
  •   fazer para conseguir sobreviver com dignidade.  
  • PS: Podemos até negociar o percentual !!!
     
 Agora vejam só a farra do Congresso Nacional :

Salário:................................................... ........R$ 12mil; 
Auxílio-moradia..............................................R$ 3 mil; 
Verba para despesas "comprovadas"...............R$ 7 mil; 
Verba para assessores...................................R$ 3,8 mil; 
Para 'trabalharem' no recesso.................. .......R$ 25,4 mil; 
Verba de gabinete mensal..............................R$ 35 mil; e mais 
Transporte: Passagens aéreas de ida e volta a Brasília/mês; 
Direito a "contratar" 20 servidores para seu gabinete; 
13º e 14º salários, no fim e no início de cada ano legislativo; e 90 dias
de férias anuais e folga remunerada de 30 dias.

ISSO PARA CADA
UM DOS 514 DEPUTADOS !!!!
 
Esse dinheiro sai dos cofres públicos, ou seja, do nosso bolso !!!

Mostre sua indignação e envie este texto a todos os seus amigos e conhecidos para que protestem junto aos deputados federais e senadores. 
PS: VALORES S/ ATUALIZAÇÃO

TENHA SANTA PACIÊNCIA! ! ! !
 
PROTESTE VOCÊ!!!!!!

 
  MANDE ESSA MENSAGEM A TODOS DE SUA LISTA !!! 





FELIZ ANIVERSÁRIO

SALA DO EDUCADOR

FICHAMENTO DE LIVROS

Alunos: ______________________________________________________________________.

Série: __________________   Data:_______________________


1.     Nome do livro:  A Moreninha

2.     Nome do autor: Joaquim Manoel de Macedo

3.    Principais características do período literário do qual faz parte o autor:

  4. Enredo (clímax - desfecho) com citação.

5.     Personagens principais e suas características;

6.     Qual é o tipo de narrador (com citação comprovando)

7.     Qual é o tempo: (com citação)

8.                        Linguagem:
     9.                        Retirado do endereço:

10.                       Qual é impressão do seu grupo sobre o romance.



- Após preencher toda a ficha você deverá tirar uma cópia para cada colega ter em seu fichário;
- Trazer para correção antes das impressões;
- Preparar o trabalho em movie maker para ser apresentado, deverá ser entregue o DVD do mesmo;
- A entrega dos DVDs deverá ser, impreterivelmente, na última semana de março.
 
- Para não gastar muito material verifique se a letra está em tamanho 12 e coloque 1,0cm de margem nos 4 lados da folha.

- Abaixo está como modelo o romance “A Moreninha”

Profª Neide.

 

Análise literária do romance "A Moreninha" - Profª Sônia  (Textos) escrito em quarta 02 abril 2008 04:30

APRESENTAÇÃO


                                            
“A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário. A tentativa anterior de Teixeira e Sousa com “O Filho do Pescador” (1843) não alcançou fama literária e foi sendo esquecido com o decorrer do tempo.
O título do livro foi dado pelo próprio protagonista da história, o personagem Augusto, em homenagem a D. Carolina. Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha:

“— Sim... todos nós gostamos de chamá-la a Moreninha.” (Cap. V)


O sucesso de “A Moreninha” está vinculado à capacidade do autor de amarrar o leitor na atmosfera de lenda e de sonho do romance, aguçando a curiosidade do leitor com pequenos enigmas, simples conflitos e uma leitura fácil e agradável. Tais características se organizam numa narrativa fixada entre a lenda e o romance para formar uma obra de gosto popular.
Nossa análise irá abordar os elementos estruturais da narrativa: enredo, personagens, narrador,  tempo e linguagem

1-  ENREDO





A história de “A Moreninha” gira em torno de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de Janeiro do fim da primeira metade do século XIX. Um deles, Augusto, é tido pelos amigos como namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Um de seus amigos, Filipe, o convida juntamente com mais dois companheiros, Fabrício e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha, na casa de sua avó, D. Ana. Ali também estarão duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como "Moreninha". Por causa da fama de namorador do colega, Filipe propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com alguma (e só uma!) mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que deveria escrever já está pronto. Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título: "A Moreninha".
O enredo apresenta unidade e organicidade pois a história possui início, meio e fim. O desenvolvimento da narrativa compreende  os fatos ocorridos na ilha, no início capítulo III  - “— Bem-vindo sejas, Augusto. Não sabes o que tens perdido...” - até o momento em que Augusto retorna para a ilha juntamente com seu pai, já no capítulo XXIII -  “Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora do batel,e depois deu a mão a seu pai para ajudá-lo a desembarcar;...” . O conflito principal do romance se desenvolve no decorrer da narrativa - o amor de Augusto pela D. Carolina, a Moreninha.
Clímax




O clímax do romance ocorre quando D.Carolina revela a Augusto, ao deixar cair um breve contendo um camafeu, que é a mulher a quem ele tinha prometido se casar na sua infância, no final do Capítulo XXXIII:
“A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosê-Lo precipitadamente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era sua última esperança; e, semelhante ao náufrago que no derradeiro extremo se agarra à mais leve tábua, ele se abraçava com ela. Sé faltava a derradeira capa do breve.., ei-la que cede e se descose alta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como delirante, cai aos pés de d. Carolina, exclamando:
— O meu camafeu!…O meu camafeu!... “

Desfecho


E como todo bom romance romantico, o desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já estão de casamento marcado e Augusto perde a aposto que havia feito com Filipe.


2-  PERSONAGENS



A Moreninha apresenta dois personagens principais planos, simples, construídos superficialmente, embora essa caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem. Eles são sempre compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de romance: a ação. São eles: Augusto e D. Carolina, a MoreninhaA figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e namorador. Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que retardará a concretização de seu amor por Carolina. Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem Augusto jurara amor eterno.É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina para quem lhe prometera casamento.

Augusto:

D. Carolina:

Os personagens secundários compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama e representam, por meio de alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império. Sâo eles:

Rafael:
Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.

Tobias:
Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro.

Paula:
Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada.

D. Ana:
Avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, Carolina, irmã de Filipe.

Filipe: I
rmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também estudante de Medicina.

D. Violante:
"D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.

Keblerc:
Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história.

Fabrício:
Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha, mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente.

Leopoldo:
Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.

D. Joaninha:
Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia; que fosse a miúdo ao teatro e aos bailes que freqüentava; que não fumasse charutos de Havana nem de Manilha, por ser falta de patriotismo.

D. Quinquina:
Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional. Na festa da ilha, recebeu um cravo de um velho militar e ia passá-lo adiante, a um jovem de nome Lúcio. O cravo terminou, por acaso, nas mãos de Augusto.

D. Clementina:
Moça que cortou uma madeixa dos cabelos, fez um embrulho e deixou-o sob uma roseira para ser apanhado por Filipe. Augusto antecipou-se ao colega e guardou o pacotinho.

D. Gabriela:
Moça que, por cartas, se correspondia com cinco mancebos. Certo dia, a senhora encarregada de distribuir as correspondências enganou-se na entrega de duas; trocou-as e deu a de lacre azul ao Sr. Juca e a de lacre verde ao Sr. Joãozinho.
O romance é narrado na terceira pessoa, por um narrador onisciente. O narrador está presente em todos lugares da história, característica essa que pode ser facilmente observada no romance: no banco de relva perto da gruta, enquanto Augusto conta para Sra. D. Ana à história de seus amores (Cap. VII); no gabinete das moças, relatando a situação de Augusto debaixo de uma cama que se achava no fundo do gabinete (Cap. XII); No gabinete dos rapazes, enquanto os quatros estudantes dormem (Cap. XV); Fora da Ilha, gabinete de Augusto e na Ilha relatando as modificações do comportamento de D. Carolina (Cap. XIX), dentre outros.
Em toda a narrativa, podemos observar que o narrador se dirige a uma outra pessoa, que o Cap. XV nos faz acreditar ser o próprio autor do romance, convidando-o para participar na narrativa como observador dos acontecimentos, não chegando, porém, a ser caracterizado como um narrador onisciente-intruso.
Vejamos alguns trechos da narrativa que poderão nos dar uma melhor visão da onipresença do narrador:

“Quanto aos homens ... Não vale a pena!... vamos adiante. (Cap. III)

“Um autor pode entrar em toda parte e, pois ... não. Não, alto lá! No gabinete das moças ... não senhor; no dos rapazes, ainda bem.” (Cap. XV)

“Sobre ela estão conversando agora mesmo Fabrício e Leopoldo. Vamos ouvi-los.” (Cap. XVI)

“Devemos fazer-lhe uma visita; ele está em seu gabinete ...” (Cap. XIX)

“Deixemos, portanto, o Sr. Augusto entregue a  seus cuidados de moço, e tanto mais que já conhecemos o estado em que se acha. Vamos agora entrar no coraçãozinho de um ente bem amável, que não tem, como aquele, uma pessoa a quem confie suas penas, e por isso sofre talvez mais. Faremos uma visita à nossa linda Moreninha” (Cap. XIX)
 
4-  TEMPO

No romance “A Moreninha”, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços.
Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta entre os estudantes Filipe e Augusto era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 18...:
"No dia 20 de julho de 18... na sala parlamentar da casa nº; ... da rua de..., sendo testemunhas os estudantes Fabrício e Leopoldo, acordaram Filipe e Augusto, também estudantes, que, se até o dia 20 de agosto do corrente ano, o segundo acordante tiver amado a uma só mulher durante quinze dias ou mais, será obrigado a escrever um romance em que tal acontecimento confesse; e, no caso contrário, igual pena sofrerá o primeiro acordante. Sala parlamentar, 20 de julho de 18... Salva a redação". (Cap. I)
Quando a história se inicia, Augusto já estava no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade, utilizando a técnica chamada de flashback, que consiste em voltar no tempo.
“— É uma história muito longa, mas que eu resumirei em poucas palavras. Com efeito, não sou tal qual me pintei durante o jantar. Não tenho a louca mania de amar um belo ideal, como pretendi fazer crer; porém, o certo é que eu sou e quero ser inconstante com todas e conservar-me firme no amor de uma só.” (Cap. VI)

5-  LINGUAGEM
O romance de Joaquim Manuel de Macedo é escrito numa linguagem ágil e viva, introduzindo o leitor diretamente no centro da ação. Ao longo do texto, o narrador limita-se a conduzir o leitor pelos ambientes e pelo interior dos personagens, como no caso do Capítulo XIX – "Entremos nos Corações". Desse modo, faz o leitor acompanhar todas as ações. Algumas vezes comenta irônica e metalingüisticamente essa atitude, como o exemplo abaixo, retirado do Capítulo XV – "Um Dia em Quatro Palavras":

"São seis horas da manhã e todos dormem ainda a sono solto. Um autor pode entrar em toda parte e, pois... não. Não, alto lá! No gabinete das moças... não senhor; no dos rapazes ainda bem. A porta está aberta."
Fiel à época romântica, Macedo exagera no uso dos adjetivos, tornando a linguagem derramada. Os rodeios excessivos fazem par com descrições exaustivas, principalmente quando se refere a Moreninha.


CONCLUSÃO
O romance “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo nos mostra porque continua sendo um dos romances mais lidos,  com uma leitura interessante e agradável, vem provar mais uma vez a importância da redescoberta dos valores mais puros, honestos e genuínos presentes na alma do ser humano. A importância da obra dentro do Romantismo foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores esses que vêm sendo esquecidos na atualidade.
Retirado de: