Será que vamos ter uma matéria sobre a novela das 8h00 que passa as 9h00?
Não. Teremos uma matéria sobre o centenário de nascimento de João Rubinato – mais conhecido como Adoniram Barbosa. Ele foi cantor, compositor, humorista, ator e boêmio, este último item é grifo meu.
Adoniram reproduzia em suas músicas, o linguajar dos imigrantes italianos que viviam na capital paulista na metade do século XX, sem se preocupar com a gramática. Ele imortalizou algumas expressões como: “tiro ao álvaro”, “adifício”, “homes”, “cobertô”, “truxe”, “táuba”, “frechada”, “ponhado”, “revórver”, “lâmpida”. Qualquer semelhança com a novela das 8h00 não será mera coincidência.
Veja a seguir um vídeo com a música “Samba do Arnesto”.
Vale a pena conferir.
Letra
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"
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