Um homem há que enfrentar lutas sem ser guerreiro. Sem ser engenheiro, constrói castelos de sonhos. Após trabalhar com computadores ou cálculos matemáticos, transforma-se em jogador de futebol, em cavalinho ou super-homem.
Sua presença é como um guarda-chuva aberto em noite de tempestade – protege e abriga. Sabe-lo presente em qualquer aflição é sinônimo de consolo e auxílio.
Forte e durão, emociona-se ao tomar em seus braços o filho recém-nascido.
Este homem é um pai.
Por vezes, sapatos rotos de sola gasta, longos e árduos caminhos. Com traje desbotado e fora de moda, enfrenta seu dia a dia. Porém, em casa, os filhos lhe falam daquele tênis, daquela bola, daquele vestido que a menina viu na vitrine, e ele sonha em poder dar tudo... ao menos parecido.
O pai de hoje tem muitos inimigos, luta muito: contra a televisão e seus programas nocivos, contra a inflação, contra a rebeldia da juventude, contra a sociedade de consumo, enfrenta o tráfego, a concorrência no mercado de trabalho, e muitos outros “gigantes” de nossos dias.
Às noites passadas em claro com o choro do bebê tornam-se doces sonhos do passado, quando as noites em claro são de preocupações com o ambiente que ronda seus filhos adolescentes. Ele não pode tornar-se um “quadrado”, atualiza-se como pode para compreender o mundo em que seu filho vive, para poder guiá-lo, admoesta-lo, sem que se rebele.
Assim é um pai.
Filhos, pensem na inusitada alegria que é, ao final da tarde, ouvir os passos conhecidos do pai que regressa ao lar! Quantos já não tem mais este privilégio: a certeza de um bom conselho quando lhe perguntamos – Pai, o que achas melhor para mim? Como devo agir?
Pensem bem, seguidamente, não o entendemos, mas nele mora um menino que este homem foi um dia, com muitas esperanças, ilusões e desejos não realizados, e que procura oferecer ao filho mais do que alcançou ou do que teve.
Ah! Um olhar límpido, sincero, agradecido do filho o faz vibrar mais do que um gol do seu time de futebol: ainda que não o demonstre, compensa 30 horas de tráfego intenso, 40 horas de trabalho no seu ganha pão, mil desilusões e sabe lá o que mais! Não negues esse elixir da alma a teu pai!
Segundo domingo de agosto, Dia dos Pais. Os comerciantes vibram, vendem lenços, camisas, pijamas, loção e aparelhos de barbear, chinelos, meias, ‘cadeiras do papai’, gravatas, caneta e muito, muito mais.
O amor não se concretiza através de objetos, porque o amor é abstrato, e só há uma maneira de demonstrá-lo: transportando o amor de dentro de ti num gesto, um abraço, um beijo. E depois, refletindo no semblante todo este maravilhoso sentimento, olha nos olhos de teu pai, segura-lhe as mãos... e não precisa dizer mais nada, ou, se puderes, diga: OBRIGASDO(A) POR TUDO, PAPAI!
Ele te entenderá.
Saiba que o que ele realmente almeja não se adquire no comércio; é algo bem mais singelo, ele não sabe como pedir, mas nós filhos o temos, está dentro de nós e se chama amor. Às vezes por retraimento ou por orgulho não o demonstramos, deixamos guardado em nós para outra ocasião – e aí talvez seja tarde demais.
Aos pais-professores que são pais de seus filhos e um pouquinho pai de seus alunos, desejamos as bençãos de Deus e o sorriso de Maria.
Autora: Elaine stahlhoefer.
Obrigada ao prof. Olmiro por ter trazido a mensagem.
